A história da Branca de Neve marcou a minha infância por ter sido o filme da Disney que eu mais assisti, embora hoje já não seja um dos meus favoritos. Adoro lembrar de algumas coisas como: o Zangado era o personagem que eu mais gostava (rolava uma identificação) e eu me escondia atrás da minha mãe na cena em que a bruxa se transformava na velhinha com a maçã, embora eu adorasse essa parte. Coisas da infância. Nostálgica como sou, gosto de relembrar as sensações que eu tinha em determinadas situações, especialmente em filmes.
Quando vi o cartaz de Espelho, Espelho Meu, após a empolgação por se tratar da história da Branca de Neve, a primeira coisa que notei foi a semelhança da atriz principal, Lily Collins, com a Audrey Hepburn em Bonequinha de Luxo, na foto do cartaz. Aliás, fiquei apaixonada pelas sobrancelhas grossas da atriz. Adoro sobrancelhas grossas e expressivas, lembro da Frida Kahlo <3 e todo o seu colorido e, automaticamente, vejo personalidade e originalidade.
A classificação indicativa do filme é livre e no cinema mais próximo da minha casa ele só estava sendo exibido dublado e foi assim que o assisti. Eu acho que quando comédias são dubladas as piadas perdem consideravelmente a sua graça e sentido original e acredito que isso tenha acontecido em alguns momentos desse filme, mas sei que não foi apenas pela dublagem que o filme pareceu bobo. "Você é a azeitona da minha empadinha" não tem a menor graça, assim como a poção dada ao príncipe que o faz agir como cachorro também não tem. Eu gosto de histórias infantis e acredito que, embora aparentemente destinadas às crianças, elas se aplicam perfeitamente à adultos (e distraem também), mas nesse caso por mais que eu tenha gostado da proposta, o filme não convenceu.
Em Espelho, Espelho Meu, a Rainha Má cobra cada vez mais impostos da população de seu reino para bancar luxos e festas. Com o reino indo à falência, ela encontra a solução para o seu problema num possível casamento com um príncipe de outro reino (interpretado por Armie Hammer, o ator que fez os gêmeos no filme A Rede Social e o Sr. Tolson em J. Edgar), mas o príncipe e a Branca de Neve estão começando a gostar um do outro, o que faz a Rainha decidir matar a menina. Escondida na floresta, Branca de Neve encontra os Sete Anões. E aí a história realmente muda de figura, porque a princesa não é representada como a coitadinha que precisa de um beijo de amor verdadeiro do príncipe valente, mas ela mesma sai em sua própria defesa.
Em Espelho, Espelho Meu, a Rainha Má cobra cada vez mais impostos da população de seu reino para bancar luxos e festas. Com o reino indo à falência, ela encontra a solução para o seu problema num possível casamento com um príncipe de outro reino (interpretado por Armie Hammer, o ator que fez os gêmeos no filme A Rede Social e o Sr. Tolson em J. Edgar), mas o príncipe e a Branca de Neve estão começando a gostar um do outro, o que faz a Rainha decidir matar a menina. Escondida na floresta, Branca de Neve encontra os Sete Anões. E aí a história realmente muda de figura, porque a princesa não é representada como a coitadinha que precisa de um beijo de amor verdadeiro do príncipe valente, mas ela mesma sai em sua própria defesa.
Embora o filme seja relativamente ruim, acho interessante observar essa proposta cada vez mais frequente das princesas independentes. Acho que algo parecido será visto em Branca de Neve e o Caçador, filme com a Kristen Stewart que estreia em junho. Nesse filme, a Rainha manda o caçador ir atrás da desaparecida Branca de Neve e matá-la, mas quando o caçador a encontra ele decide ensiná-la a cuidar de si mesma. Eu sempre vou querer ir ao cinema assistir histórias que falem de princesas e lembrem a minha infância, não importando se elas dormem cem anos e são salvas com um beijo ou se elas pegam em espadas e lutam contra monstros - papel antes destinado aos príncipes. Acredito que a nova forma de retratar as princesas venha de uma necessidade de recontar essas histórias de forma que elas se tornem mais adequadas para as crianças de hoje. E isso não vem apenas do fato das mulheres possuírem mais independência do que possuíam quando, por exemplo, a Disney contava essas histórias ou mesmo quando esses contos foram escritos, mas também vem do fato de que as crianças estão cada vez mais independentes. Lógico que essa independência tem o seu lado negativo - na minha opinião, um grande lado negativo. Mas também mostra que essas crianças já não devem ter mais paciência para mocinhas tão bobinhas. Bom, ao menos espero que não.