Com 38.2º graus de febre, olhos ardendo, nariz dolorido de tanto lencinho de papel esfregado nele e a minha cabeça parecendo um bloco de cimento de tão pesada, eu não tinha muitas opções. A fim de comprar um pacote de TV a cabo mais barato, meus pais escolheram um que não tem os meus canais favoritos - aliás, os únicos que eu assisto. Além disso, alguns dos canais desse novo pacote não estão pegando na TV do meu quarto. Na internet, todos os assuntos estavam em torno dos jogos de futebol e eu nunca tenho paciência para acompanhar os torcedores fanáticos nessa época. Eu os acho bastante chatos, mas relevo e simplesmente evito, afinal eu também tenho lá os meus “fanatismos” (se é que essa é a palavra mais adequada). Acontece que, achando todas essas discussões - que muitas vezes viram brigas - bastante chatas e não entendendo nada e nem gostando de futebol, a internet também não era uma opção para mim. O que eu mais gosto de fazer realmente é ler um livro, mas este não foi o meu ano da leitura. Talvez pela enorme quantidade de textos da faculdade que, como disse um professor, faz a gente ler o que mandam e não ter tempo para ler o que quer. Talvez porque foi um ano ruim e a maior parte do tempo eu estava sem cabeça para me concentrar em uma leitura, fosse obrigatória ou não. Bom, com a falta de opções e o tédio da febre, resolvi dar uma olhada nas leituras que eu poderia fazer. Há dois dias atrás, eu tinha terminado a leitura de Na pior em Paris e Londres, do George Orwell, um dos meus escritores favoritos (vou falar sobre esse livro aqui depois). Abri o meu armário na parte onde guardo meus livros e mangás e me dei conta de que ainda não tinha lido o livro da Hilary Duff.
Como ficou bem claro no meu post sobre o dia em que a conheci na Bienal do Livro, eu sou uma grande fã (alguém falou em “fanatismos”?). Começou por volta dos meus doze anos, quando ela interpretava uma garota que não era considerada a mais bonita nem a mais popular da escola, tinha dois fiéis amigos e uma família que, aparentemente, a fazia pagar mico. Claro que era uma série pré-adolescente que passava a mensagem de ser você mesmo. Claro que eu adorava. Depois ela virou uma espécie de inspiração por ser uma celebridade (não gosto dessa palavra) que não estava se metendo em confusões como as outras que surgiram na mesma época que ela e das quais eu também gostava. Agora, seguindo carreira de escritora, a minha admiração só cresce porque o meu sonho desde criança é ser escritora (e professora). Sei lá, embora ela seja infinitos dólares mais rica que eu, de alguma forma eu me identifico com ela.
Como ficou bem claro no meu post sobre o dia em que a conheci na Bienal do Livro, eu sou uma grande fã (alguém falou em “fanatismos”?). Começou por volta dos meus doze anos, quando ela interpretava uma garota que não era considerada a mais bonita nem a mais popular da escola, tinha dois fiéis amigos e uma família que, aparentemente, a fazia pagar mico. Claro que era uma série pré-adolescente que passava a mensagem de ser você mesmo. Claro que eu adorava. Depois ela virou uma espécie de inspiração por ser uma celebridade (não gosto dessa palavra) que não estava se metendo em confusões como as outras que surgiram na mesma época que ela e das quais eu também gostava. Agora, seguindo carreira de escritora, a minha admiração só cresce porque o meu sonho desde criança é ser escritora (e professora). Sei lá, embora ela seja infinitos dólares mais rica que eu, de alguma forma eu me identifico com ela.
Então peguei o livro que seria o meu companheiro aquele dia. Acabei lendo o livro inteirinho e por isso terminei a leitura as quatro horas da manhã do dia seguinte. A leitura é tão envolvente e fácil que não dá vontade de parar de ler. O suspense da história tem um certo terror, mas o romantismo e a delícia de ser levado ao passado a cada sonho da personagem principal quebram qualquer mal estar que a história poderia causar. É uma delícia de ler.
Elixir é narrado pela personagem principal, Clea Raymond, uma menina de 17 anos, filha de um renomado cirurgião e uma reconhecida política. Tendo crescido em meio aos holofotes, Clea detesta os paparazzi, mas tem paixão por fotografias que conseguem capturar a essência da imagem, que passam sentimento. A personagem usa um colar - presente do seu pai quando ela fez cinco anos - com um pingente de íris, onde as três pétalas representam a fé, a coragem e a sabedoria. Seu pai desapareceu há um ano em uma viagem que fez a trabalho para o Rio de Janeiro e as fotos da última viagem de Clea à Europa revelam a presença de um misterioso homem em todos os diferentes locais em que esteve. Para completar, Clea começa a ter sonhos com esse homem, vivendo quatro mulheres diferentes, em diferentes épocas: a Itália renascentista, uma região rural da Inglaterra cem anos depois, a França do século XIX e Chicago na Era da Proibição. Tudo isso somado a uma viagem ao Rio e uma história que surge em torno do tal elixir transformam a história em um suspense gostoso de acompanhar. A história tem continuação e a sinopse de Devoted, o segundo livro, já pode ser encontrada na internet, disponível em português (mas só recomendo após a leitura do primeiro livro, aos interessados).
Vejam o vídeo sobre o livro, narrado pela Hilary Duff:
Nota: Na legenda “valor” (em inglês), aparece como “valor” (em português), mas seria “valentia”, no caso “coragem” mesmo.