Sobre continuações de filmes que fizeram muito sucesso, eu acho que elas naturalmente seguem dois caminhos. Às vezes, a continuação se transforma numa história exagerada nos pontos que funcionaram anteriormente, fazendo com que o sentido original do filme acabe se perdendo e a história soe forçada. Mas, outras vezes, a continuação consegue respeitar os pontos característicos do primeiro filme e ainda assim ousar, ser nova e criativa, tornando-se ainda mais surpreendente.
Citando exemplos, O Diário de Bridget Jones é um filme muito bom, mas o segundo filme, No Limite da Razão, eu detestei. Enquanto o primeiro trazia uma personagem totalmente possível e real, que passava por coisas com as quais o público poderia se identificar, o segundo mostrava uma história surreal e exagerada. O mesmo eu achei de Legalmente Loira. O primeiro, ótimo. O segundo, uma porcaria.
O meu receio em relação à Sherlock Holmes - O jogo de sombras, era de que acontecesse algo semelhante ao que ocorreu quando eu assisti ao segundo filme de Piratas do Caribe no cinema. Explico: eu adoro todos os filmes de Piratas do Caribe, exceto o segundo. Quando eu vi o segundo filme, a sensação que eu tive foi a de que eles perceberam que o Jack Sparrow era um personagem único e engraçado com seu senso de humor e falta de escrúpulos, então decidiram abusar disso no segundo filme. Juntaram à isso um montão de cenas de ação e a história ficou difícil de digerir. Traduzindo: eu pensei que eles tinham conseguido estragar um filme que era pra ser fantástico. Depois, nas outras continuações, isso foi acertado, embora nenhum deles tenha conseguido superar o primeiro. Faço a comparação com Piratas do Caribe, porque Sherlock Holmes também é um personagem que conquista o público com o humor irônico que é colocado em sua prepotência e, digamos, loucura. O primeiro filme tem traços bem característicos: as cenas em câmera lenta enquanto Sherlock descreve sua ação, o contraste entre a personalidade de Watson e Sherlock (o que faz deles uma dupla especial e única, que funciona muito bem), as cores escurecidas e o ritmo com a qual a história é contada (que é bastante ágil). O meu medo era que pegassem tudo isso e elevassem ao cubo, caindo no exagero das continuações. Bom, isso não acontece em O jogo de sombras. O filme soube usar de suas características sem errar e ficou melhor que o primeiro.
Quando eu assisti ao primeiro filme, não conhecia nada a respeito do personagem principal, exceto o fato de que ele é um detetive. Como recentemente eu li o livro de Andrew Lane, O jovem Sherlock Holmes, por já estar familiarizada, eu acabei me envolvendo mais com a história quando fui ao cinema dessa vez. O Sherlock em sua versão jovem não possui as habilidades - especialmente de luta -, nem a arrogância, nem os disfarces que o Sherlock adulto possui, fazendo de sua versão adulta um personagem mais completo e interessante. Separei agora um livro do autor original, Sir Arthur Conan Doyle, e logo vou poder comparar a versão do personagem nos filmes com o original.
No primeiro filme, também dirigido por Guy Ritchie, a história gira em torno de Lorde Blackwood, supostamente ressuscitado. Dessa vez, Sherlock se encontra com seu arqui-inimigo, o professor James Moriarty, interpretado por Jared Harris. A dupla Robert Downey Jr. e Jude Law - dois atores que eu gosto bastante - funciona perfeitamente bem. Nesse filme, Rachel McAdams, que interpreta Irene Adler, aparece muito pouco, o que é uma pena porque eu não só adoro a atriz como também gostei bastante de sua personagem. Um ponto muito interessante no filme é o casamento de Watson, que vai acabar deixando escapar um Sherlock com medo de perder o amigo e até mesmo com um pouco de ciúmes, mostrando que o detetive tem sentimentos. Aliás, achei que este foi o filme da amizade entre os dois, o que é muito bacana de acompanhar. Além disso, tem a participação de Mycroft (Stephen Fry), o irmão mais velho de Sherlock Holmes. No livro de Andrew Lane, ele aparece como um personagem mais sério que o do filme, mas muitíssimo interessante. Quem ainda não assistiu, é melhor correr para os cinemas. Vocês são ver uma continuação que vale a pena.
Citando exemplos, O Diário de Bridget Jones é um filme muito bom, mas o segundo filme, No Limite da Razão, eu detestei. Enquanto o primeiro trazia uma personagem totalmente possível e real, que passava por coisas com as quais o público poderia se identificar, o segundo mostrava uma história surreal e exagerada. O mesmo eu achei de Legalmente Loira. O primeiro, ótimo. O segundo, uma porcaria.
Microft, o irmão mais velho de Sherlock, aparece no segundo filme. |
Quando eu assisti ao primeiro filme, não conhecia nada a respeito do personagem principal, exceto o fato de que ele é um detetive. Como recentemente eu li o livro de Andrew Lane, O jovem Sherlock Holmes, por já estar familiarizada, eu acabei me envolvendo mais com a história quando fui ao cinema dessa vez. O Sherlock em sua versão jovem não possui as habilidades - especialmente de luta -, nem a arrogância, nem os disfarces que o Sherlock adulto possui, fazendo de sua versão adulta um personagem mais completo e interessante. Separei agora um livro do autor original, Sir Arthur Conan Doyle, e logo vou poder comparar a versão do personagem nos filmes com o original.
Watson e Sherlock, a dupla perfeita. |
No primeiro filme, também dirigido por Guy Ritchie, a história gira em torno de Lorde Blackwood, supostamente ressuscitado. Dessa vez, Sherlock se encontra com seu arqui-inimigo, o professor James Moriarty, interpretado por Jared Harris. A dupla Robert Downey Jr. e Jude Law - dois atores que eu gosto bastante - funciona perfeitamente bem. Nesse filme, Rachel McAdams, que interpreta Irene Adler, aparece muito pouco, o que é uma pena porque eu não só adoro a atriz como também gostei bastante de sua personagem. Um ponto muito interessante no filme é o casamento de Watson, que vai acabar deixando escapar um Sherlock com medo de perder o amigo e até mesmo com um pouco de ciúmes, mostrando que o detetive tem sentimentos. Aliás, achei que este foi o filme da amizade entre os dois, o que é muito bacana de acompanhar. Além disso, tem a participação de Mycroft (Stephen Fry), o irmão mais velho de Sherlock Holmes. No livro de Andrew Lane, ele aparece como um personagem mais sério que o do filme, mas muitíssimo interessante. Quem ainda não assistiu, é melhor correr para os cinemas. Vocês são ver uma continuação que vale a pena.