25.1.12

Cinema: Aventura, comédia, animação e drama


Desde o início do ano eu já assisti um montão de filmes no cinema. Queria até fazer postagens separadas para cada um deles, mas eles estão acumulando, então optei por escrever sobre vários num post só. Vou comentar quatro filmes: Imortais, Compramos um Zoológico, Alvin e os Esquilos 3 e Cavalo de Guerra. O texto vai ficar um pouco longo, mas como está dividido em quatro tópicos, não acho que a leitura ficará cansativa.

1. Imortais
Assisti Imortais em 3D no penúltimo dia do ano passado. Foi por saber que eu veria filmes até o finalzinho (mesmo!) do ano que eu deixei aquele texto com todos os filmes que eu vi em 2011 pro último dia. 

O filme mostra Theseus (Henry Cavill) como um jovem simples, treinado por Zeus (Luke Evans) sem saber. Em sua forma humana, Zeus é representado por um senhor que foi o tutor de Theseus desde a sua infância (John Hurt). O jovem é o escolhido por Zeus para liderar o exército grego contra o exército do rei Hipérion (Mickey Rourke), que busca o arco de Épiro, capaz de libertar os titãs e fortalecer sua tropa. Nessa luta, Theseus terá a ajuda da vidente Phaedra (Freida Pinto). É um filme para ser visto em 3D, caso contrário, perderá uma considerável parcela de sua graça. A história, embora interessante, em alguns momentos parece um pouco vazia. Talvez por isso eu não tenha conseguido me apegar a nenhum personagem. Mas o espetáculo das imagens em 3D me deixou bastante atenta do início ao fim.

2. Compramos um Zoológico
Compramos um Zoológico é um filme dirigido por Cameron Crowe (diretor de Tudo acontece em Elizabethtown, um filme de 2005 que eu amo e recomendo) e baseado em fatos reais (já disse aqui que eu adoro isso). Além disso, fala sobre mudar sua vida do nada e se arriscar sem fazer a menor idéia se a sua loucura terá como resultado o sucesso ou o fracasso completo (outra coisa que eu adoro). Eu não sabia de nada disso a respeito do filme. Pelo cartaz e pelo nome, eu realmente não queria ver. Zoológico, crianças, um cartaz colorido... NÃO, obrigada. Mas eu e o namorado queríamos ir ao cinema e já tínhamos visto todos os filmes que estavam em cartaz no cinema mais perto aqui de casa, então, resolvi arriscar. O namorado já havia assistido e garantia que era bom. Apostei e gostei. Não gosto de zoológico e não gosto de animais em filmes. A respeito dos zoológicos, bem, realmente não acho que animais enjaulados sejam atração. Quanto ao uso de animais em filmes eu ainda preciso pesquisar, não tenho opinião formada, mas embora eles sempre jurem que os animais foram bem tratados, eu não consigo gostar.

A história de Benjamin Mee (Matt Damon), baseada em seu livro, mostra um pai perdido diante de um drama familiar. Sua mulher faleceu e seu filho mais velho, Dylan (Colin Ford), começa a se comportar mal e acaba sendo expulso da escola. Além disso tem a filhinha mais nova, a Rosie (Maggie Elizabeth Jones), que é muito mais fácil de lidar que Dylan, mas também sofre bastante com a falta da mãe. O pai decide comprar um zoológico, o que vai acabar fazendo com que ele gaste muito dinheiro e entre numa luta para deixar o local funcionando perfeitamente. Além do que eu disse sobre ser baseado em fatos reais e falar sobre mudar a sua vida radicalmente quando ela não lhe agrada, o filme também vale a pena pela questão sentimental da família, especialmente entre pai e filho. Dia desses, na livraria, eu aproveitei para dar uma olhada no livro, mas foi bastante rápida, portanto, peço desculpas caso esteja falando besteira. Pelo que vi no livro, a morte da mãe não foi fator para a crise da família e, consequentemente, a compra do zoológico. No livro, o pai carrega família inteira (mãe e filhos) para o zoológico e lá ela fica doente. Na história real, as despesas com a doença vão ser somadas às despesas com o zoológico.

3. Alvin e os Esquilos 3
Quando eu era criança, eu a-ma-va o desenho dos Chipmunks! Eu e a minha irmã adorávamos assistir um filme deles que tínhamos em fita VHS (ai, saudadinha!). Meu favorito era (e é!) o Theodore, o mais novinho e mais medroso. Apesar do meu amor pelo desenho, os filmes recentes não chamaram a minha atenção. O primeiro eu sequer assisti, mas tendo visto os outros dois, posso dizer que falta uma certa profundidade nas histórias. Mesmo assim, esse último foi o que eu mais gostei e consegui rir bastante com as interpretações das Esquiletes cantando músicas que se encaixavam perfeitamente - e comicamente - ao momento mostrado. Já algumas cenas que envolvem os humanos chegam a me deixar constrangida na cadeira do cinema com a sensação de estar assistindo ao Discovery Kids e suas interpretações bem exageradas em programas voltados mais para bebês do que para crianças. Em Alvin e os Esquilos 3, dirigido por Mike Mitchell (que também dirigiu Shrek para sempre, que eu adoro!), Dave (Jason Lee) vai passar as férias a bordo de um transatlântico e leva os esquilos (incluindo as Esquiletes). Alvin apronta e sua desobediência acaba fazendo com que os esquilos fiquem perdidos numa ilha aguardando por resgate.

4. Cavalo de Guerra
Dos quatro filmes que estou comentando, este foi o que mais gostei. Um filme de Spielberg, baseado em um livro de Michael Morpurgo, Cavalo de Guerra começa mostrando um fazendeiro (interpretado por Petter Mullan) comprando o cavalo, num ato impulsivo e irresponsável, visto que estava passando por dificuldades financeiras e à beira da falência. Seu filho, o jovem Albert (Jeremy Irvine) decide treinar o cavalo e se apega ao bicho. Diante dos problemas da família, o pai acaba decidindo vender o cavalo para o exército inglês durante a Primeira Guerra Mundial, separando o menino do cavalo, mas jamais acabando com o forte laço de amizade que os mantém ligados. A Primeira Guerra Mundial nos é mostrada a partir da trajetória do cavalo, agora um cavalo de guerra. A melhor personagem da história é a neta de um fazendeiro francês, que nos ganha facilmente com o seu carisma, senso de humor e pelo drama passado por sua família. Só por curiosidade, David Thewlis, que interpreta o professor Lupin nos filmes da saga Harry Potter, também está no filme.   


O filme é bonito e emocionante, mas concordei com a crítica da Isabela Boscov, quando ela diz que por ser um filme que se passa durante a guerra, esse aspecto poderia ter sido mais aproveitado para que o filme fosse ainda mais impactante e emocionante. Ela diz ainda que isso provavelmente não foi feito, pois Spielberg fez o filme para os estúdios Disney, o que acaba exigindo que a história seja mais família. Senti que a história era realmente muito boa, mas que o filme ficou devendo em algo ao contá-la.

Falando em Spielberg, assisti recentemente As aventuras de Tintim e adorei o filme, vou falar sobre ele aqui depois. Outro filme que vi recentemente e também merece postagem é 2 coelhos.