Hilary Duff é cantora, atriz e agora escritora. Começou a carreira atuando em uma série de TV chamada “True Women” e no filme “Gasparzinho e Wendy”, de 1998. Porém, sua carreira começou a ganhar destaque quando foi escolhida para interpretar a Lizzie McGuire no seriado da Disney de mesmo nome, que lhe rendeu o filme “Lizzie McGuire - Um sonho de popstar” e um álbum de natal, todos lançados em 2003. Ainda nesse mesmo ano iniciou sua carreira como cantora pop lançando o álbum “Metamorphosis” (eu pedi de natal assim que soube do lançamento). A partir daí muitos outros filmes e álbuns foram lançados. Filmes como "Doze é demais", “A nova Cinderela” e “Na trilha da fama” e álbuns como “Hilary Duff”, “Most Wanted” e “Dignity” - este último em 2007. Em 2008, ela veio ao Brasil para um show da sua turnê do álbum “Dignity” e, é claro, eu estive lá.
Desde então, Hilary participou de algumas séries para TV e atuou em mais filmes. Em 2010, deu início a sua carreira como escritora com o livro “Elixir” (que chegou ao Brasil agora em 2011). O livro - best seller do The New York Times - conta a história de uma jovem fotojornalista chamada Clea Raymond que, após o desaparecimento do pai começa a perceber imagens obscuras em suas fotos, que revelam a imagem de um homem desconhecido. Ao falar sobre o seu livro, Hilary admitiu sempre ter tido a vontade de descontrair as pessoas com um livro que trouxesse como protagonista uma personagem feminina forte e inspiradora.
No dia 4 de setembro, Hilary participou da Bienal do Livro, no Rio de Janeiro, falando sobre o seu livro numa palestra no espaço “Conexão Jovem” e posteriormente, autografando o livro para 300 sortudos que conseguiram senha. Trezentas senhas foram distribuídas as 10 horas, assim que a Bienal abriu, no estande da Editora iD.
Cheguei lá antes mesmo de abrir, por volta de nove e meia e me surpreendi com o número de pessoas que estavam na mesma expectativa; pessoas que vieram de outros estados, pessoas que chegaram as seis horas da manhã. Quando as portas abriram e eu cheguei (correndo, claro) ao estande da editora, logo percebi que pela minha localização na fila não teria a menor chance de conseguir uma das 300 senhas distribuídas. Havia, pelo menos, cerca de mil pessoas com a mesma intenção.
Cheguei lá antes mesmo de abrir, por volta de nove e meia e me surpreendi com o número de pessoas que estavam na mesma expectativa; pessoas que vieram de outros estados, pessoas que chegaram as seis horas da manhã. Quando as portas abriram e eu cheguei (correndo, claro) ao estande da editora, logo percebi que pela minha localização na fila não teria a menor chance de conseguir uma das 300 senhas distribuídas. Havia, pelo menos, cerca de mil pessoas com a mesma intenção.
Foto tirada pela própria Hilary e postada em seu twitter.
Mesmo após ter sido anunciado que as senhas acabaram, eu não desisti. Estava ali com o único propósito de conhecer aquela da qual sou fã há dez anos, alguém que me ensinou - com seus filmes e músicas e com toda a trajetória da sua carreira - que nós não precisamos ser mais do que ninguém, apenas nós mesmos (sim, aquele super clichê que todo pré-adolescente adora). Pra mim a Hilary é um exemplo, uma pessoa que me inspira em todos os aspectos - o seu comportamento, o seu estilo, sua personalidade. Eu precisava tirar uma foto com ela, conseguir um livro autografado.
Após ficar horas andando pelo evento vendo se alguém poderia me dar ou vender a senha, decidi ir para o estande da editora onde ela autografaria os livros e me contentar em apenas vê-la de longe. Após algumas horas ali garantindo o meu lugar na grade, uma organizadora avisou que a Hilary daria os autógrafos dentro do auditório onde havia sido realizada sua palestra, a fim de evitar maiores tumultos. Já sem esperanças e muito cansada por ter passado um dia inteiro andando pra lá e pra cá atrás de senhas, de ter levado um tombo no meio da multidão e ter sido pisada por uma tropa de fãs que corriam atrás da sua amada celebridade, fui até a porta do auditório e continuei a minha saga atrás de senhas.
Eu tinha conseguido comprar o último dos 300 primeiros livros, que vinham com um pingente e tentava convencer o organizador de que isso deveria servir para alguma coisa, embora eu soubesse que não serviria. A sessão de autógrafos começou, a fila andava lentamente. Foi então que eu decidi ir embora, mas não sem antes dar uma olhada despretensiosa num estande localizado exatamente em frente ao auditório. Foi nesse estande, enquanto eu olhava livros de culinária, que eu ouvi a menina falar para a mãe que não estava a fim de enfrentar aquela fila gigantesca para conseguir um autógrafo. Ela estava cansada e não era muito fã, então não via motivos para fazer aquilo. Nem sei descrever o que passou pela minha cabeça naquele momento, simplesmente pedi a senha e comentei que tinha gente tentando vender por R$ 500. A menina, sem pensar duas vezes, me deu a senha dela, de nº 33 e a mãe falou que jamais iria vender algo que conseguiu de graça.
E foi assim que eu acabei fazendo parte do último grupo - com cerca de 10 fãs - que entrou no auditório para conhecê-la. A menina da frente me contava que havia sido a número 301
A Hilary - aquela que estava na mesa dando autógrafos - é igual a Hilary dos filmes que eu cresci vendo. Igual a das séries, a das músicas. Igual a do show. Absurdamente linda. Simpática. Autografou o meu livro. Pedi que ela autografasse uma outra amostrinha menor de seu livro que eu trazia no bolso. Para a minha irmã, eu disse. Ela perguntou o nome dela. “Let’s take a picture!”, ela disse. E eis a nossa foto.
Minha cara após 10 horas correndo atrás de senhas.
Ela, exuberante. Eu, nervosa, cansada e feliz. Consegui o último livro dos trezentos com o pingente. Consegui, nos últimos momentos, a senha. O autógrafo. A foto. Consegui tudo.