"Plano de Fuga" começa com um bandido (Mel Gibson) fugindo da polícia dos EUA após roubar uma boa quantia em dinheiro. Na fuga, ele ultrapassa a fronteira e acaba sendo preso pelos policiais mexicanos. A quem pertence o dinheiro roubado e quem afinal é o personagem principal são algumas das questões do filme.
O personagem, que fará todas as suas ações usando o nome do atual marido de sua ex-esposa, fica em um presídio chamado de "El Pueblito", que funciona como uma cidade de presidiários. Não demora muito para o personagem perceber que há uma hierarquia naquela "cidade", onde os próprios bandidos possuem armas e alguns tem acesso à um estilo de vida consideravelmente melhor do que outros. Quem vai ajudar o personagem de Mel Gibson a compreender melhor o local é um menino que vive ali com a sua mãe.
O fato de que o menino é protegido pelos criminosos mais poderosos de "El Pueblito" é mais um dos mistérios do filme. Assim, o filme nos apresenta uma dupla onde um pode ajudar o outro e onde nós, espectadores, ficamos tentando desvendar todos os segredos da história. Mas, cuidado, o filme não é um suspense! É um filme de ação!
Eu não sou fã desse gênero e acabo detestando 90% dos filmes de ação que eu assisto, mas desse eu até gostei. Não digo que eu veria outras vezes, mas o que eu quero dizer é que eu consegui ficar envolvida pela história até o seu final - final que, aliás, não é imprevisível. As cenas de ação, lógico, contam com todas as "mentiras" das quais esses filmes usam e abusam. Vale dizer, para quem detesta ação como eu, que o filme valeu muito mais pela sua história e todos os pontos que precisam ser explicados e resolvidos do que pela pela ação.
Também vale dizer que Mel Gibson é ator, produtor e roteirista do filme. E que embora o filme se passe dentro de um presídio mergulhado em corrupção, no México, com todo um visual que nos parece sincero, o objetivo desse filme está longe de ser mostrar a realidade.