Se antigamente o cinema era mudo por ainda não existir tecnologia para a produção de filmes sonoros, hoje, optar por realizar um filme dentro do estilo antigo, mudo e em preto e branco, abrindo mão dos inúmeros recursos existentes, é um ato paradoxal, dado que é tão audacioso quanto simples. O Artista não é inteiramente mudo e faz uso do som (poucas vezes) de forma bastante interessante, transformando-o de maneira inteligente em um recurso para abordar o tema do filme, que trata exatamente da mudança do cinema mudo para o falado. O que eu mais gostei nisso tudo é que essa mudança é mostrada através da realidade de uma pessoa - um ator que experimentou a glória da fama até que, em virtude das mudanças no mundo cinematográfico, se viu tendo que abrir espaço para novos ídolos. E é justamente por contar essa parte da história do cinema por meio de um personagem e seus conflitos pessoais que o filme se torna simples, delicado e, principalmente, delicioso de acompanhar.
Além das maravilhosas interpretações de Jean Dujardin e Berenice Bejo, preciso comentar que o filme tem em seu elenco o ator Malcolm MacDowell (o Alex DeLarge de Laranja Mecânica), coisa que eu só fiquei sabendo quando vi seu nome escrito em letras grandes durante os primeiros minutos de filme.
Aos que - como eu! - ficaram com um pouco de receio de que o filme fosse cansativo ou chato, digo sinceramente que mal dá para perceber o tempo passar, pois somos facilmente envolvidos por cenas de dança e gracejos que nos fazem achar que o filme, grande vencedor da cerimônia do Oscar desse ano, é uma obra sem grandes pretensões. Realmente nos faz sair do cinema com vontade de sapatear.
Além das maravilhosas interpretações de Jean Dujardin e Berenice Bejo, preciso comentar que o filme tem em seu elenco o ator Malcolm MacDowell (o Alex DeLarge de Laranja Mecânica), coisa que eu só fiquei sabendo quando vi seu nome escrito em letras grandes durante os primeiros minutos de filme.
Aos que - como eu! - ficaram com um pouco de receio de que o filme fosse cansativo ou chato, digo sinceramente que mal dá para perceber o tempo passar, pois somos facilmente envolvidos por cenas de dança e gracejos que nos fazem achar que o filme, grande vencedor da cerimônia do Oscar desse ano, é uma obra sem grandes pretensões. Realmente nos faz sair do cinema com vontade de sapatear.